14 de julho de 2010

Tópicos da Cultura Natalensis - II - Dá um real ai meu senhor


Com a melhora da economia mundial e, consequentemente, brasileira, houve um aumento expressivo do número de carros vendidos a cada ano, e na república natalensis isso não foi diferente. Só em março deste ano, segundo a FENABRAVE, foram emplacados 1.967 carros zero quilômetros. Nessa média, podemos ter um aumento anual de cerca de 24mil veículos na capital potiguar – isso sem contar aqueles carros emplacados em cidades vizinhas só pra pagar menos impostos.

Problemas sócio-comportamentais resultantes dessa enxurrada de carros são diversos – desde congestionamentos em pleno domingo a noite até a diminuição da qualidade do ar que já foi considerado o melhor entre as capitais do Brasil. Mas uma situação que se tornou crônica correlacionada a esse fato é a falta de vagas para estacionar na cidade, o que, consequentemente, traz no seu encalço a presença sempre constante dos flanelinhas.

É um problema muito complicado a relação com os guardadores de carros. Nunca se sabe se eles farão o prometido ou, pelo contrário, facilitarão possíveis furtos. Se você se recusa a dar umas moedinhas, cuide pra não estacionar no mesmo local nos próximos dias ou corre o risco de ganhar uma tatuagem permanente na lataria. Além da absurda sensação de insegurança que a abordagem de alguns desses flanelinhas chega a causar.

Fechando com chave de ouro, essa semana o fotógrafo Canindé Soares nos presentou com uma interessantíssima imagem sobre esse caos:














Caros colegas, quem conhece um pouco que seja a nossa cidade sabe que nessa região pulula de prédios públicos, inlcusive a assembleia legislativa do estado. Qual o grande esforço necessário para se tomar uma atitude e resolver essa situação? Aliás, não só lá, mas em toda a cidade. Sério mesmo que os amarelinhos da STTU (mudou de nome né?) só servem pra multar os motoristas que estacionam nas ‘Vias Livres’ (aliás, um dos poucos projetos da atual gestão municipal que merece aplauso)? Bota esse povo pra trabalhar prefeita!

Sabemos que existem alguns flanelinhas que realmente estão ali por falta de opção melhor e que fazem um bom trabalho, são cortezes, até lavam carros com qualidade. Mas essa não é a realidade da maioria e mesmo assim não podemos nos tornar reféns dessa privatização informação das parcas vagas públicas disponíveis.

Parece até estratégia pra adotarmos de vez a cultura do estacionamento pago.

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